O que esperar do Live Action de “A Pequena Sereia?”
22/05/2023O remake em live-action de ‘A Pequena Sereia’ se tornou um fenômeno cultural antes mesmo de sua estreia nos cinemas. E não é a toa né? o UPdatePOP teve o prazer de assistir esse filme antes de todo mundo pra poder vir aqui falar pra vocês um pouquinho sobre essa verdadeira obra prima.
Sobre o remake
O novo filme do universo live Action da Disney arranca lágrimas sinceras até do coração mais frio! Efeitos especiais, com uma direção de imagem mais do que bem pensada, o filme consegue imergir a todos direto para as profundezas do oceano, com uma proposta de tirar fôlego e pasmem: com uma paleta de cores INCRÍVEIS.
O live action do clássico animado lançado em 1989, trás consigo um mix de sentimentos e emoções ao telespectador. Tal qual a animação, a história gira em torno de Ariel, uma jovem sereia encantada pela vida humana, que sonha em explorar a terra firme e se apaixona pelo príncipe Eric.
Diferente do clássico, o filme aborda de forma principal um ponto de vista de autodescobertas e liberdade do lado da princesa do mar, e deixa em segundo plano – porém não menos importante – a relação da sereia o príncipe, seu amor e sua química…e olha…que química!
Dentre a trilha sonora, a direção de arte e a forma na qual o roteiro foi encaminhado ao longo do Live Action, o elenco com certeza foi um dos grandes acertos do filme. Em primeiro lugar, preciso falar sobre a performance de Halle Bailey (Ariel) e Jonah Andre (Príncipe Eric), que protagonizaram cenas de uma química tão forte que chega a ser palpável.
Dando um show de atuação, os atores conseguem deixar o telespectador apaixonado por cada um de forma individual, ao mesmo tempo que nos apaixonamos por ambos como um casal. A química é tanta, que nem o fato da princesa do mar ser impossibilitada de falar em determinados momentos do filme, conseguiu ser uma barreira para a comunicação de ambos, que em certas partes dava a impressão de ser feita por telecinese.
Outro grande acerto na minha opinião foi a escolha de Melissa McCarthy pro papel da Úrsula. A atriz conseguiu executar o papel de forma que o telespectador consegue odiar a personagem e rir de seus insights em alguns momentos.
Melissa, que ficou conhecida aqui no Brasil por protagonizar “comédias de sessão da tarde”, não poderia deixar de colocar sua personalidade impressa no papel da Úrsula. A atriz fez com que a personagem ( que de forma sincera, me deu arrepios em muitos momentos), pudesse arrancar risadas genuínas com um pingo de raiva, por achar graça de uma personagem tão perversa.
A sensação que o filme causa
Angústia! Com certeza essa é a palavra que resume o meu sentimento ao assistir o filme. A angústia da Ariel ao querer viver uma vida na qual ela estava condicionada a nunca experimentar, seu anseio em descobrir, amar, dançar e até mesmo chorar, me fez voltar aos 10 anos, assistindo ao clássico e sonhando com a liberdade da princesa do mar.
Suas músicas foram recarregadas com a emoção que a história “pede”, de forma que uma animação em 2D nunca conseguiria transparecer, e o que era um desenho sobre uma uma princesa e um príncipe que queriam ficar juntos, se transformou em um grito pela liberdade e pelo autoconhecimento.
Esse sentimento não se atrela apenas a Ariel, porém se estende ao Príncipe Eric. Em momentos que todos desacreditam dele, o sentimento de angústia e injustiça toma conta do telespectador, e conseguiu fazer com que até a música que ele protagoniza (que eu SEMPRE pulava durante a infância), fosse carregada de emoção. Mais um ponto para atuação do elenco.
Um ponto que me tocou de forma quase que pessoal foi a construção da relação de Ariel com o Rei Tritão. De forma livre de spoilers, posso dizer com toda tranquilidade que eles protagonizaram a cena mais emocionalmente de todo o longa, o que não arrancou apenas lágrimas de mim, mas de todos os que estavam ao meu redor na sala de cinema.
Personagens que a princípio ocupavam papéis “coadjuvantes” no clássico também encantaram o público com toda a autenticidade que o filme conseguiu entregar.
Awkwafina, que é naturalmente engraçada, também chamou atenção e foi destaque com sua personagem Sabidão. O brincalhão e sabe-tudo sempre tinha resposta na ponta da língua, mesmo quando não era necessariamente verdade e acrescentou no lado cômico do filme.
Sebastian, que é o responsável por cuidar de Ariel e garantir que ela siga as regras estabelecidas pelo Rei Tritão. Manteve sua essência de leal e protetor, mas muitas vezes acaba se envolvendo nas travessuras de Ariel e enfrenta desafios para mantê-la segura.
Linguado, por sua vez, é um peixinho medroso, mas extremamente leal. Ele acompanha Ariel em suas aventuras, mesmo quando ela está desafiando as regras do oceano. Linguado traz um alívio cômico para a história com sua personalidade divertida e temores exagerados.
A Pequena Sereia live action estreia nos cinemas em 26 de maio, sem previsão de quando chega no Disney+.
“Mas uma sereia não tem lágrimas e, portanto, ela sofre muito mais”.
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