Kell Smith lança single “Não Tá Faltando Amor”
06/11/2019Desde que Kell Smith surgiu na mídia explodindo seus dois primeiros singles, a cada lançamento ela te surpreende novamente. Preparada para lançar novos hits, dessa vez não é diferente. Confira seu novo single “Não Tá Faltando Amor”:
Para quem conhece minimamente o trabalho de Kell sabe que o título da música carrega uma certa ironia, já que o que a artista mais prega em seus textos são doses massivas de humanidade e amor nas relações. “Eu acredito que o amor pode acabar com as fake news”, ela diz durante um bate-papo informal sobre o single.
Já no single novo, ela abre cantando: “Por que será que a notícia do bem não viraliza?/Por que será que a gente passa mais tempo falando de tragédia do que da vida?”. E conclui, como se o título da canção fosse uma pergunta: “Não tá faltando amor/Tá faltando amar”.
É poesia característica de Kell, só que neste caso vem embalada com abertura de ukelele e voz, um acréscimo de baixo e guitarra em wah wah até que com a bateria sua verve MPB pop segue para um caribenho reggae e ska delicioso.
Correndo o risco de repetir o início do texto, o vocal de Kell, mesmo que o conheça e tenha alta expectativa com o que ela pode apresentar, ainda assim surpreende, pois mais que a técnica apurada, é a maneira como ela respira e entoa cada sílaba que lhe confere peculiaridade de grande cantora.
Você lê a letra da canção, “Então se ame/E ame alguém/Não importa quem/Feio é não amar”, e pensa que receberá de um jeito a mensagem sonora, mas ela surpreende e entrega uma melodia vocal inusitada, dentro da característica de contadora de histórias que mantém.
Talvez estejam aí pedaços dos responsáveis pelo sucesso que ela mantém há quase três anos, com seus 250 milhões de views somente do clipe de “Era uma Vez” no Youtube, por exemplo.
Outra fatia importante do sucesso é o time azeitado que a conduz desde o início, como a parceria na composição com Bruno Alves e produção e direção artística de Rick Bonadio. Neste single, Rick divide os trabalhos com Renato Patriarca.
Componente importante é sua forma de se comunicar, sua tentativa de “gerar reflexão” pelas músicas e “traduzir histórias”, como diz.
Nisso ela nada de braçada, como quando cantou “Eu quero aquela vida que a gente inventa antes de dormir/Mas para dar certo sei que tenho que acordar tomando atitude”, em “Girassol”. Ou “O ontem passou/E o amanhã ainda não é meu/Tudo o que mudou/Me transformou no que hoje sou eu”, em “Mudei”.
Aproveitando a deixa, em “Não Tá Faltando Amor” Kell mudou mais uma vez. Ainda assim continua a mesma, o que é ótimo.