Controle de acesso: Raquel Boletti inova o comando de operações do setor
23/05/2023Quem não foi impactado pela magnitude do DVD de Luan Santana? Ou não ouviu falar sobre a estrutura funcional da Só Track Boa festival? A próxima edição, que acontece nos dias 26 e 27 no autódromo de Interlagos, contará com mais de 200 profissionais envolvidos apenas nos controles de acessos.
Todos minimamente envolvidos no setor de eventos já conhecem Raquel Boletti e sua empresa NightShift Operações que vem revolucionando o setor e aumentando a qualidade das experiências, além de ser uma das maiores capacitadoras do mercado.
Formada em Rádio e TV, a empresária iniciou sua carreira produzindo programas de televisão como Programa do Gugu, Play Tv e Record internacional. Mas foi em 2014 que entrou no mundo dos eventos. Na agência Haute, hoje referência no mercado de eventos, Raquel foi responsável pelo desenvolvimento do setor de controle de acesso e ao perceber a capacidade de expandir os negócios, criou sua própria produtora, em 2018.
Hoje, a NS Operações é popularmente conhecida, está presente com seu departamento de controle de acesso nos maiores festivais do Brasil, como Só track Boa, Time Warp, Cercle Brasil, Rock Brasil 40 anos, Réveillons no Nordeste (Let’s Pipa, Emoções, São Miguel do Gostoso, Trancoso).
“O diferencial da NS são as pessoas que trabalham nela. Nossos profissionais são contratados em regime intermitente e possuem Atestado de Saúde Operacional (ASO). Todos passam por um processo de capacitação para operarem sistemas específicos de cada evento, além de serem treinados e qualificados para tomarem atitudes coerentes e alinhadas ao perfil de cada evento, garantindo operações de qualidade. Nossa equipe conta com mais de 80 colaboradores fixos e 250 no rotativo, além de ser composta por Bilingues (inglês e espanhol), especialistas em Libras, cadeirantes, LGBTQIA+, Trans, Mulheres (que são mais de 70% da equipe) e negros. Temos um time muito diverso”, explica Raquel.
Mas a chegada neste patamar não foi fácil, uma mulher liderando equipes em um ambiente que ainda é majoritariamente masculino causou estranheza. “Quando entrei no mercado, 80% dos altos cargos eram ocupados por homens, as mulheres eram muito presentes na área de Hostess e Recepção, mas nunca na direção e planejamento dos projetos. Cheguei a ouvir de um diretor que eu jamais seria uma produtora que eu era “apenas uma hostess”, além de desmerecer meu trabalho, ainda desmereceu o trabalho das recepcionistas. A maior dificuldade de ser mulher em um universo dominado por homens, é ter que provar a todo momento nossa capacidade”, aponta.
“Atualmente, trabalho com produção geral também, sou Gestora head do Pagode do Chuvisco (além de Tour manager do grupo). Já estamos na oitava edição do projeto e atingimos um público de até 2,5k pessoas de público.Sou responsável pelos orçamentos, quantificação de equipes e montagem/desmontagem de todo evento, trabalho junto com o time da NS Operações e respondo aos sócios que são 7 homens. No início foi um pouco difícil, mas logo na primeira edição do projeto conquistei a confiança de todos eles. A cada edição aprendemos mais um pouco e melhoramos tanto nossos conhecimentos quanto o projeto em si”, completa.
Hoje, a NS Operações é responsável por validação de ingresso, controle de lista vip, verificação de documento, controle de Camarotes, operação com catracas, SAC para problemas com ingresso, bilheteria, verificação de carteirinha de estudante, recebimento de alimento para doação, controle de acesso em backstages e até meeting & greeting.
Além disso também é responsável por credenciamentos de público e de staff nos eventos e cuidamos de setores relacionados ao atendimento ao cliente, como chapelaria, venda de copos personalizados, lojas personalizadas do evento, manuseio e entrega de brindes e pesquisas que são realizadas no próprio evento.